"AHH UM BICHO!"

Há uma coisa que nunca contei aqui:
Eu adoro animais.

MAS, há assim uns tantos (para não dizer MUITOS!) bichinhos de que desgosto especialmente. E mais: sou perita a encontrar os tais, com facilidade. Ainda assim, consigo conviver, de forma saudável, (dentro do meu possível, é certo!!), com a ideia de que eles circulam por aí, dando-lhes tréguas por todos os arrepios que me causam, aquando de um encontro no exterior. PORÉM, a estória muda de figura quando deixam de circular por aí, e passam a circular por aqui. Aqui, como quem diz, em minha casa:

O gafalhoto de ontem e o saltarico. Aliás, um Sr. Gafalhoto e um Sr. Saltarico; porque eram enormes.

Tenho pânico por não conseguir ler a direção que vão fazer, "ler o que vão fazer a seguir". Onde vão parar. Certamente será em mim.

E qual é a minha reação desde que me conheço:
- "AHHH !" "AHHHHH"
- Páro, incrédula, a olhar para ele e:
- digo: "MÃEE!! AHH!!! UM BICHO!" - enquanto fujo.

Lá vem a minha mãe, resolve o assunto e levo com o discurso de sempre: "Já tenho idade, não podes gritar assim, porque um dia dá-me qualquer coisa. Francamente". Acontece que ontem tive sorte, estava em casa dos meus pais, MAS, quando estou sozinha, o que é que eu faço? Ora nem mais, o bicho ganha e obriga-me a abandonar o compartimento, até que se lembre de partir, sabe-se lá quando.

Esta imprevisibilidade destes animais - nos quais incluo: abelhas, libelinhas, fede-fedes (tem plural?), lagartixas que não estão no chão, baratas, rãs/sapos, caracóis, et cetera; no fundo, os piores são todos aqueles que podem voar/cair/aterrar/embater em cima ou contra mim, diga-se de passagem, que. mexem comigo, de uma forma que, nada nem mais ninguém, acredito que venha a conseguir!